Vidas Sucessivas
"Não te maravilhes de te haver
dito: Necessário vos é nascer de
novo."
Jesus. (JOÃO, 3:7.)
A palavra de Jesus a Nicodemos foi suficientemente clara.
Desviá-la para interpretações descabidas pode ser compreensível no sacerdócio organizado, atento às injunções da luta humana, mas nunca nos espíritos amantes da verdade legítima.
A reencarnação é lei universal.
Sem ela, a existência terrena representaria turbilhão de desordem e injustiça; à luz de seus esclarecimentos, entendemos todos os fenômenos dolorosos do caminho.
O homem ainda não percebeu toda a extensão da misericórdia divina, nos processos de resgate e reajustamento.
Entre os homens, o criminoso é enviado a penas cruéis, seja pela condenação à morte ou aos sofrimentos prolongados.
A Providência, todavia, corrige, amando... Não encaminha os réus a prisões infectas e úmidas. Determina somente que os comparsas de dramas nefastos troquem a vestimenta carnal e voltem ao palco da atividade humana, de modo a se redimirem, uns à frente dos outros.
Para a Sabedoria Magnânima nem sempre o que errou é um celerado, como nem sempre a vítima é pura e sincera. Deus não vê apenas a maldade que surge à superfície do escândalo; conhece o mecanismo sombrio de todas as circunstâncias que provocaram um crime.
O algoz integral como a vítima integral são desconhecidos do homem; o Pai, contudo, identifica as necessidades de seus filhos e reúne-os, periodicamente, pelos laços de sangue ou na rede dos compromissos edificantes, a fim de que aprendam a lei do amor, entre as dificuldades e as dores do destino, com a bênção de temporário esquecimento.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
16a edição. Lição 110. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
MENSAGEM DA SEMANA 22/12
Venha a Nós o Teu Reino
"Venha a nós o teu reino..." - assim rogou Jesus ao Pai Celestial, sabendo que só o Plano de Deus pode conceder-nos a verdadeira felicidade. Mas, o Mestre não se limitou a pedir; ele trabalhou e se esforçou para que o Reino do Céu encontrasse as bases necessárias na Terra.
Espalhou, com as próprias mãos, as bênçãos da paz e da alegria, a fim de que os homens se fizessem melhores.
Uma locomotiva não corre sem trilhos adequados.
Um automóvel não avança sem a estrada que lhe é própria.
Um prato bem feito precisa ser preparado com todos os temperos necessários.
Assim também, o auxílio celeste reclama o nosso esforço. É sempre indispensável purificar o nosso sentimento para recebê-lo e difundi-lo.
Sem a bondade em nós, não poderemos sentir a bondade de Deus ou entender a bondade de nossos semelhantes.
Quando é noite e reclamamos: - "Venha a nós a luz", é necessário ofereçamos a lâmpada ou a candeia, para que a luz resplandeça entre nós.
Se rogamos a Graça Divina, preparemos o sentimento para entendê-la e manifestá-la, a fim de que a felicidade e a harmonia vivam conosco.
Jesus trabalhou pela vinda da Glória do Céu ao mundo, auxiliando a todos e ajudando-nos até à cruz do sacrifício, dando-nos a entender que o Reino de Deus é Amor e só pelo Amor brilhará entre os homens para sempre.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.
"Venha a nós o teu reino..." - assim rogou Jesus ao Pai Celestial, sabendo que só o Plano de Deus pode conceder-nos a verdadeira felicidade. Mas, o Mestre não se limitou a pedir; ele trabalhou e se esforçou para que o Reino do Céu encontrasse as bases necessárias na Terra.
Espalhou, com as próprias mãos, as bênçãos da paz e da alegria, a fim de que os homens se fizessem melhores.
Uma locomotiva não corre sem trilhos adequados.
Um automóvel não avança sem a estrada que lhe é própria.
Um prato bem feito precisa ser preparado com todos os temperos necessários.
Assim também, o auxílio celeste reclama o nosso esforço. É sempre indispensável purificar o nosso sentimento para recebê-lo e difundi-lo.
Sem a bondade em nós, não poderemos sentir a bondade de Deus ou entender a bondade de nossos semelhantes.
Quando é noite e reclamamos: - "Venha a nós a luz", é necessário ofereçamos a lâmpada ou a candeia, para que a luz resplandeça entre nós.
Se rogamos a Graça Divina, preparemos o sentimento para entendê-la e manifestá-la, a fim de que a felicidade e a harmonia vivam conosco.
Jesus trabalhou pela vinda da Glória do Céu ao mundo, auxiliando a todos e ajudando-nos até à cruz do sacrifício, dando-nos a entender que o Reino de Deus é Amor e só pelo Amor brilhará entre os homens para sempre.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
MENSAGEM DA SEMANA 15/12
Socorro
Noite escura.
Em local isolado, um rapaz de moto, errando na direção, precipitou-se nas águas de enorme represa.
Alguns populares correram até à casa grande em que morava um negociante que possuía, ali mesmo, um barco magnificamente equipado.
No entanto, ao pedido de socorro, ei-lo que responde secamente:
- Jovens de moto? Estou cansado... Gente louca não tem jeito...
Os amigos anônimos se voltaram no rumo de um pardieiro próximo, ocupado unicamente por uma senhora paralítica.
A doente não vacilou.
Emprestou-lhes pequena lanterna, acesa a querosene.
Alguns instantes mais e o rapaz foi visto, boiando à longa distância.
Dois homens se atiraram às águas e trouxeram-no desmaiado para a terra.
O comerciante, porém, - aquele mesmo que se negara a cooperação,- viera até a orla do lago, simplesmente para ver.
Mas, inclinando-se para o jovem que respirava, a salvo, no socorro improvisado que recebia, começou a gritar em desespero:
- É meu filho!... Ah! meu filho, meu filho!...
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
CEU, 1981.
Noite escura.
Em local isolado, um rapaz de moto, errando na direção, precipitou-se nas águas de enorme represa.
Alguns populares correram até à casa grande em que morava um negociante que possuía, ali mesmo, um barco magnificamente equipado.
No entanto, ao pedido de socorro, ei-lo que responde secamente:
- Jovens de moto? Estou cansado... Gente louca não tem jeito...
Os amigos anônimos se voltaram no rumo de um pardieiro próximo, ocupado unicamente por uma senhora paralítica.
A doente não vacilou.
Emprestou-lhes pequena lanterna, acesa a querosene.
Alguns instantes mais e o rapaz foi visto, boiando à longa distância.
Dois homens se atiraram às águas e trouxeram-no desmaiado para a terra.
O comerciante, porém, - aquele mesmo que se negara a cooperação,- viera até a orla do lago, simplesmente para ver.
Mas, inclinando-se para o jovem que respirava, a salvo, no socorro improvisado que recebia, começou a gritar em desespero:
- É meu filho!... Ah! meu filho, meu filho!...
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
CEU, 1981.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
MENSAGEM DA SEMANA 06/12
Mãe Sozinha
Dizem "mulher da alegria",
Quando ela passa na rua;
A pobre mãe continua,
Os olhos fitos no chão!...
Quanto fel, quanta agonia
Nessa mulher que condenas!...
Ninguém lhe conhece as penas
Cravadas no coração.
Tristeza no desconforto,
Sem palavra que a revele,
Trapos dourados na pele,
Traz a angústia por dever.
Viúva de um vivo morto,
Ei-la que segue sozinha,
Tem ao longe, a pobrezinha,
Um filho quase a morrer.
Já bateu a tanta porta,
Já pediu a tanta gente!...
Dói-lhe a ferida pungente
De ter sido mãe sem lar;
Abatida, semimorta,
Apenas vê no caminho
A febre e a dor do filhinho
Que a morte lhe quer roubar.
Tu que cresceste na estrada,
Desde o berço de ouro e rendas,
Entre mimos e oferendas
De paz, segurança e luz,
Fita essa mãe desolada,
Na penúria que a consome...
Talvez que ela tenha fome
Ao peso da própria cruz.
Não lhe zombes da amargura,
Também foi criança, um dia,
Brincava, estudava e ria,
Rosa ao fulgor da manhã;
Também foi bela e foi pura,
Hoje, nas mágoas que trilha,
Podia ser nossa filha
Assim como é nossa irmã.
Mãe na dor!... Bendita seja!...
Escrava de toda hora,
Honra as lágrimas que chora,
Nas dores por onde vai!...
Sem esposo que a proteja,
Sem arrimo, sem tutela,
Em Deus que sofre com ela
Encontra a Bênção de Pai.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.
Ditado pelo Espírito Irene de Souza Pinto.
Araras, SP: IDE, 1978.
Dizem "mulher da alegria",
Quando ela passa na rua;
A pobre mãe continua,
Os olhos fitos no chão!...
Quanto fel, quanta agonia
Nessa mulher que condenas!...
Ninguém lhe conhece as penas
Cravadas no coração.
Tristeza no desconforto,
Sem palavra que a revele,
Trapos dourados na pele,
Traz a angústia por dever.
Viúva de um vivo morto,
Ei-la que segue sozinha,
Tem ao longe, a pobrezinha,
Um filho quase a morrer.
Já bateu a tanta porta,
Já pediu a tanta gente!...
Dói-lhe a ferida pungente
De ter sido mãe sem lar;
Abatida, semimorta,
Apenas vê no caminho
A febre e a dor do filhinho
Que a morte lhe quer roubar.
Tu que cresceste na estrada,
Desde o berço de ouro e rendas,
Entre mimos e oferendas
De paz, segurança e luz,
Fita essa mãe desolada,
Na penúria que a consome...
Talvez que ela tenha fome
Ao peso da própria cruz.
Não lhe zombes da amargura,
Também foi criança, um dia,
Brincava, estudava e ria,
Rosa ao fulgor da manhã;
Também foi bela e foi pura,
Hoje, nas mágoas que trilha,
Podia ser nossa filha
Assim como é nossa irmã.
Mãe na dor!... Bendita seja!...
Escrava de toda hora,
Honra as lágrimas que chora,
Nas dores por onde vai!...
Sem esposo que a proteja,
Sem arrimo, sem tutela,
Em Deus que sofre com ela
Encontra a Bênção de Pai.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.
Ditado pelo Espírito Irene de Souza Pinto.
Araras, SP: IDE, 1978.
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